terça-feira, 1 de novembro de 2011

O rumo só tem sentido se tiver ponto de partida

Sinto-me cansada, sinto-me perdida no meio de toda esta multidão ! 
Já custa respirar, custa definir sentimentos, custa não poder gritar tudo o que me atormenta.
É difícil correr, o corpo já não responde da mesma maneira, os limites já começam a ser cada vez menores.

Sentir calor ou frio já não é o mesmo, porque sentir, já não sinto. O olhar já começa a desviar, já não vê o que antes via, o ouvir já é como se estivéssemos num túnel e apenas o nosso eco se percebe. Falar ou não é precisamente falar, já não passa o significado de tantas importantes palavras.
E viver num sitio onde o nosso falar, ouvir, sentir , ver ,já não tem valor custa. E no meio de todo este mundo só ah uma pessoa que vai sentir o mesmo que nós, e é precisamente essa pessoa que vai dar sentido ao nosso falar, ao nosso ouvir, ver e sentir, porque para além de
"mim" e de "essa pessoa" vai haver um nós. 
E apenas esse nós nos vai completar, nos vai fazer sentir com algum sentido, e que por alguma razão, no meio do mundo encontra-mos o nosso coração.

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