domingo, 12 de outubro de 2014

Até o tempo trás saudades

Hoje era suposto ser um dia especial... mas não, foi um dia tão banal como outros tantos.
Tenho tanto medo de perder o que conquistamos, foi construído com as nossas marcas e embora sejam elas aquilo que são para nós eu gosto disto e quero muito isto !!
E agora é mesmo um daqueles dias em que até o tempo trás saudade, o barulho da chuva, o frio e as mantas quentes que o acompanham. Lembras-te? era nesses dias que mais sentíamos a falta do calor do corpo , dos beijinhos aconchegantes e dos abraços "quero-te aqui". Podemos voltar a ser crianças que sentem borboletas na barriga se quiseres, até brincar de faz de conta se isso trouxer tudo de volta. Afinal de conta, as crianças não se magoam, são tão inocentes que são capazes de desculpar seja o que for, e nós podemos ser como elas, esquecer alguns pormenores e continuar "amigos" . Vamos ser crianças felizes de novo, ainda que isso implique de novo as borboletas que fazem falta .

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

bastante longe disto !

Talvez uma meia hora a olhar para uma folha em branco seja bastante !
É horrível ver apenas 2 textos escritos neste ano, talvez tenha sido a falta de tempo ou não, talvez tenha sido um bloqueio emocional , talvez tenha sido... A verdade é que tenho estado bastante longe disto e hoje senti tanta falta que tive de o fazer..
Estas talvez sejam as horas mais difíceis de atravessar , é fim do dia, um longo fim de dia e eu confesso que hoje vai ser difícil dormir. E não , eu não vou chamar de insónias a algo que acontece todas as noites, estaria a mentir se assim não fosse..
Não encontro uma definição porque os sentimentos não tem nomes próprios, tem nomes que as pessoas lhes dão conforme lhes soe bem e isto não me soa nada bem . está a ser difícil, eu mesma confessei "as horas mais difíceis de atravessar"... Fazia tanta diferença, tinha tanto impacto que hoje a única coisa que aconteceu foi virar a cara e fingir que não estava ali, ignorar mas a verdade é que estava e eu continuei, mesmo depois de virar a cara tive de voltar para trás e olhar só mais uma vez para provar que as mudanças existem e estão ao nosso alcance. O que era aquilo agora? um quadro no mesmo sitio mas interpretado de outra forma, uma luz menos forte ou até um jardim mal cuidado. A única coisa boa foi sentir o ar tão fresco que já podia respirar com menos cuidado, agora não precisava ter medo de nada porque nada poderia acontecer senão sentir o ar cada vez mais fresco. E quem me dera sentir o ar desta forma todos dias, mesmo que isso implicasse sentar-me num baloiço e ficar apenas com essa sensação de que podia voar.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

segredos

E ninguém pode imaginar o quão longa é a nossa história, e mesmo que pudessem não poderiam contá-la a ninguém. não da mesma forma, não com o mesmo sentimento nem com cada detalhe. é longa demais para revelar e curta para ser aproveitada. no fim não sei se seria correcto dizer "feliz para sempre" , não porque já acabou mas sim porque todas são assim e ambos sabemos que a nossa não. não é uma história que passa de boca em boca, não é correctamente politica nem vai segundo as leis , tem demasiados segredos para isso. Eles sabem lá o que é ter um segredo, é mais do que guardar religiosamente uma pequena história, mais que pequenos olhares enquanto as mãos se vão aproximando . a vida é muito mais do que isso e o mundo está cheio de segredos.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Umilhãodecoisas

Ria-me, mas era tudo nervos e demasiada pressão em cima...
Era como ver o comboio passar e ter a capacidade de o apanhar mas simplesmente ficar a observá-lo como uma criança quando está perante um estranho que lhe sorri. Esta criança estava tão assustada mas convicta de que podia sorrir também e retribuir aquilo que lhe estava perante os olhos, podia até agarrar a mão dessa pessoa cujo nome lhe era desconhecido tal como a sua face.
Se eu estava capaz de apanhar aquele comboio havia outra coisa que me impedia e eu tentava descobrir dentro de mim tal como alguém que passado 30 anos abre um baú e recorda cada momento que os objectos fazem lembrar e por fim deita uma lágrima, e em seguida tantas que inconscientemente a levam ao encontro e ao dia que a fez estar assim, tal como agora. 
E entre tantas recordações , acabei de perder o comboio, baixei os braços frustrada por saber que eu podia ter ido dentro dele mas preferi ficar a vê-lo ir, decidi fechar o baú e o bebé escolheu não sorrir mais para ninguém..