segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Ela é sempre um livro aberto.

A nossa vida é uma bomba relógio e neste momento ele marca a hora errada .
Será possível sermos capazes de ser egoístas ao ponto de pedir a alguém que quer ir para ficar ? Se isso se quer pode ser uma hipótese? 
Tem dias que olho para o relógio e conto os segundos para estar contigo e outros que esqueço para ficares . Tem graça, uns passam tão rápido e outros parecem nunca passar , irónico não? São os mesmos segundos, minutos e horas . Acho que ás vezes é só o nosso coração a tentar enganar o cérebro ou a impedir que ele pense. Neste momento é isso que acontece, ou se calhar eles só estão a discutir quem ganha esta luta de vaivém que parece não ter um ponto final .
Engraçado que há uns anos atrás o título da nossa música era "Encontrei" e agora "É a nossa vez" , será alguma mensagem ? É que parece que o mundo nos envia tantos sinais e nós andamos tão distraídos que pensamos que será para outro e não para nós.
Acho que nem sequer temos o direito de nos prendermos seja onde for, "quem ama deixa o pássaro voar e não o prende na gaiola" li isso uma vez e talvez fosse uma preparação para hoje. Um aviso ignorado , uma peça mal montada . 
Se eu podia ir contigo ? Podia . Se tu podias ficar ? Podias. Qual de nós tem mais força nisto enquanto nos contrariarmos .. Vamos ser conscientes e aceitar a verdade, que fomos feitos uma para outro mas não para estar um com o outro . Dei um nó tão grande para darmos certo e para ficarmos juntos que hoje eu sinto esse nó na garganta com tanta força. 
Fica . Fica aqui comigo e vamos ser um só , pensar como um só e decidir como um só. 
A nossa história ? Ela é sempre um livro aberto. 

quarta-feira, 15 de março de 2017

1 dia antes de um 1 ano

Que o mundo nos livre de vivermos todos dia da mesma forma ! Tenho a certeza de que sentiria mil perfumes em cada mil paragens que fizesse e , sem exageros, mil me fariam lembrar uma pessoa. O que podemos fazer quando nada é por a caso? porque de facto não é ! Afirmo que mil pessoas não usariam o mesmo perfume nem diriam exactamente a mesma coisa se nos cruzasse-mos.
Tenho saudades de um único perfume mas não consigo distinguir se pertence aos doces ou aos florais, se aos intensos ou suaves . é o teu perfume e tu entendes isso melhor que ninguém, aliás tu sabias sempre usar a dose certa . Tenho dificuldade em admitir que sinto a tua falta e não é só para mim mas para os outros também. Como achas que lhes vou contar isso de uma forma clara sem perguntas adicionais? Achariam estranho pois se isso nunca aconteceu antes porque haveria de ser agora, que idiotice ! As coisas podiam ser mais simples e de resposta curta sem muitos "porquês" entendes? Eras a única pessoa que entendia e via as coisas dessa forma e nunca cobraste nada , aliás só as vezes que não saia de casa por preguiça .

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Como tens passado sem mim?

Olá, como tens passado sem mim? Tem sido fácil para ti como tem sido difícil para mim?
Esta é só uma das 50 perguntas que tenho dentro da cabeça, e sinceramente acho que nem uma eu tenho resposta. 
O tempo passa e só vêm até mim as recordações do que passámos e até do que poderíamos ter sido sabes.. Tínhamos tantos planos , e para que? Hoje em dia somos apenas duas pessoas a quem o destino fez questão de afastar , ou simplesmente nem devia ter juntado porque fomos bastante egoístas um com o outro. Eu tinha saudades tuas todos dias , acordava e deitava-me a pensar em ti , e tu se calhar já nem em pensamento estavas comigo, nem o meu nome pronunciavas por engano que fosse. 
Chegamos a ser egoístas ao ponto de eu só te ver a ti e tu me veres a mim , não era amor mas sim exclusividade um do outro . Eu era capaz de te seguir até ao fim do mundo , e tu? Assim que pudeste largas-te a minha mão e agarras-te outra . Eu sabia , e tu sabias que eu sabia e ainda assim continuaste. Fazia-te feliz? Eu espero sinceramente que sim, tu merecias e sempre mereceste o melhor que o mundo tinha para te oferecer . Hoje isso é o meu pior pesadelo, o pior tiro no escuro que me podias ter dado. 
Ainda assim quero agradecer-te por teres feito isso porque só ajudou a tornar-me o que sou hoje, mesmo com as diferenças que o caminho me fez criar. 

domingo, 12 de outubro de 2014

Até o tempo trás saudades

Hoje era suposto ser um dia especial... mas não, foi um dia tão banal como outros tantos.
Tenho tanto medo de perder o que conquistamos, foi construído com as nossas marcas e embora sejam elas aquilo que são para nós eu gosto disto e quero muito isto !!
E agora é mesmo um daqueles dias em que até o tempo trás saudade, o barulho da chuva, o frio e as mantas quentes que o acompanham. Lembras-te? era nesses dias que mais sentíamos a falta do calor do corpo , dos beijinhos aconchegantes e dos abraços "quero-te aqui". Podemos voltar a ser crianças que sentem borboletas na barriga se quiseres, até brincar de faz de conta se isso trouxer tudo de volta. Afinal de conta, as crianças não se magoam, são tão inocentes que são capazes de desculpar seja o que for, e nós podemos ser como elas, esquecer alguns pormenores e continuar "amigos" . Vamos ser crianças felizes de novo, ainda que isso implique de novo as borboletas que fazem falta .

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

bastante longe disto !

Talvez uma meia hora a olhar para uma folha em branco seja bastante !
É horrível ver apenas 2 textos escritos neste ano, talvez tenha sido a falta de tempo ou não, talvez tenha sido um bloqueio emocional , talvez tenha sido... A verdade é que tenho estado bastante longe disto e hoje senti tanta falta que tive de o fazer..
Estas talvez sejam as horas mais difíceis de atravessar , é fim do dia, um longo fim de dia e eu confesso que hoje vai ser difícil dormir. E não , eu não vou chamar de insónias a algo que acontece todas as noites, estaria a mentir se assim não fosse..
Não encontro uma definição porque os sentimentos não tem nomes próprios, tem nomes que as pessoas lhes dão conforme lhes soe bem e isto não me soa nada bem . está a ser difícil, eu mesma confessei "as horas mais difíceis de atravessar"... Fazia tanta diferença, tinha tanto impacto que hoje a única coisa que aconteceu foi virar a cara e fingir que não estava ali, ignorar mas a verdade é que estava e eu continuei, mesmo depois de virar a cara tive de voltar para trás e olhar só mais uma vez para provar que as mudanças existem e estão ao nosso alcance. O que era aquilo agora? um quadro no mesmo sitio mas interpretado de outra forma, uma luz menos forte ou até um jardim mal cuidado. A única coisa boa foi sentir o ar tão fresco que já podia respirar com menos cuidado, agora não precisava ter medo de nada porque nada poderia acontecer senão sentir o ar cada vez mais fresco. E quem me dera sentir o ar desta forma todos dias, mesmo que isso implicasse sentar-me num baloiço e ficar apenas com essa sensação de que podia voar.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

segredos

E ninguém pode imaginar o quão longa é a nossa história, e mesmo que pudessem não poderiam contá-la a ninguém. não da mesma forma, não com o mesmo sentimento nem com cada detalhe. é longa demais para revelar e curta para ser aproveitada. no fim não sei se seria correcto dizer "feliz para sempre" , não porque já acabou mas sim porque todas são assim e ambos sabemos que a nossa não. não é uma história que passa de boca em boca, não é correctamente politica nem vai segundo as leis , tem demasiados segredos para isso. Eles sabem lá o que é ter um segredo, é mais do que guardar religiosamente uma pequena história, mais que pequenos olhares enquanto as mãos se vão aproximando . a vida é muito mais do que isso e o mundo está cheio de segredos.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Umilhãodecoisas

Ria-me, mas era tudo nervos e demasiada pressão em cima...
Era como ver o comboio passar e ter a capacidade de o apanhar mas simplesmente ficar a observá-lo como uma criança quando está perante um estranho que lhe sorri. Esta criança estava tão assustada mas convicta de que podia sorrir também e retribuir aquilo que lhe estava perante os olhos, podia até agarrar a mão dessa pessoa cujo nome lhe era desconhecido tal como a sua face.
Se eu estava capaz de apanhar aquele comboio havia outra coisa que me impedia e eu tentava descobrir dentro de mim tal como alguém que passado 30 anos abre um baú e recorda cada momento que os objectos fazem lembrar e por fim deita uma lágrima, e em seguida tantas que inconscientemente a levam ao encontro e ao dia que a fez estar assim, tal como agora. 
E entre tantas recordações , acabei de perder o comboio, baixei os braços frustrada por saber que eu podia ter ido dentro dele mas preferi ficar a vê-lo ir, decidi fechar o baú e o bebé escolheu não sorrir mais para ninguém..

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Porque é que te escondes?

Porque é que tens de esconder os teus sentimentos no meio de tantas outras pessoas que estão simultâneamente a sentir, não o mesmo, mas estão a sentir e não têm medo de o mostrar. Nada daquilo que te pareça ser mau tem de ser, porque na verdade tu apenas estás a exprimir o que se passa dentro de ti, algo que os outros podem imaginar mas não vão ver. estás apenas a pensar, a sentir e não a matar alguém !! Normalmente é assim, mas tu não tens de sentir culpada se não prejudicas ninguém, devias sentir-te mínima por levar os outros na palma da mão e esquecer que quem realmente importa és tu.  Aos poucos e poucos estás a tornar-te numa pessoa que pouco expressa, pouco vai sentir, pouco se vai importar e pouco vai existir. 
Na verdade, quem serás tu daqui para a frente se não podes ser tu? vais acabar sem definições.
Não vais poder ter desejos, nem sequer escolhas.  E depois quem se vai importar? ninguém.
Mas a culpa é tua, estás a esconder-te, a fechar-te para aquilo tudo !! Já nem sequer te lembras por que razão alguma coisa te fez sorrir, porque te habituas-te. 

sábado, 19 de outubro de 2013

Mazelas

Não te perguntes quantas vezes caíste para simplesmente lembrar que estás de pé por uma boa razão ou porque simplesmente precisas saber se foi realmente justa a forma como caíste.
As quedas deixaram mazelas e elas nunca irão desaparecer, porque quando voltarem vão voltar com mais força e o impacto será maior. Vamos ser justos e deixar de nos empurrar, se preciso , cairemos juntos, faremos as mesmas nódoas negras. Vamos fazê-lo juntos, para mais tarde, se nos formos embora guardarmos a mesma marca e sabermos que aconteceu connosco, e se por tristeza, que seja a única coisa mas que nos faça lembrar um do outro. Porque as melhores recordações são aquelas em que nós dois passámos juntos pela mesma dor e nos soubemos acalmar, um ao outro, sem medos. .

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Athlète

Vem ter comigo e diz-me o que sentes... Não o faças porque peço, fá-lo por teres a consciência de que eu preciso saber o que pensas.
Acho que já chega de nós na garganta e de expressões mal interpretadas. Neste momento já é um tudo ou nada e custa tanto engolir a seco ! Onde foi que nos perdemos? Ou melhor, a questão é , perdemos-nos? um do outro?  É suposto acontecer quando se gosta?
Não sei se isto se trata de uma questão de perda, de não dar mais e o caminho acabar ali ao fundo e nós cada vez mais nos aproximar-mos. Não deveria ser assim , devia ser como uma passadeira rolante, em que tu nunca chegas ao fim, não o tens determinado e embora estejas cansado não deixas acentuar o fim.
Como é que no fim da caminhada o atleta se senta e acha que ainda assim ganhou? Ele fez toda aquela caminhada, é verdade, mas no ponto mais importante ele senta. Perdeu as forças? Não, ele nunca o faria, ele apenas sabe para si mesmo, que tendo esta caminhada como vencida vai ter todas as outras, e de todas as vezes ele vai sentar-se e esquecer o esforço que fez. Mas no dia em que ele se perder, e perceber que ficou para trás, ele vai sentar-se, não no fim da corrida, mas a meio. Vai sentar-se a meio por perceber que as outras poderiam ter sido vividas de tal forma, mesmo sendo repetidas, podiam ter sido vividas de forma intensa, por ser mais uma vitória.
Só que neste momento, o atleta está sentado enquanto alguém está a ganhar aquilo que era dele, que podia ter sido se ele não baixa-se os braços e desvaloriza-se cada esforço.