quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Fechei a porta que não vou abrir, nunca mais

Naquele mesmo momento eu abri a porta, dei um passo em frente, senti que estava a pisar de verdade o chão. Sai, e fechei a porta. Encostei-me há parede há espera do elevador que nunca mais chegava.. Senti que estava a fazer figura de parva, talvez a culpa seja minha , talvez não seja.
Enquanto descia de elevador pensei se deveria voltar atrás e pedir desculpa, mas desculpa de que? Eu decidi sair, eu fui sozinha, eu voltei sozinha. Lembro que peguei na mala, no casaco , despedi-me e fui embora.. Doeu ver que ficou para trás, doeu ver que nem sequer um porque me chegou ao ouvido antes de bater com a porta. Mas eu escolhi, eu decidi ir embora.
A porta pela qual eu saí não vou voltar a entrar, é uma certeza.
Estar feliz, seja pelo quer que for é de facto a melhor sensação do mundo, mas quando essa sensação fica de cabeça para baixo, parece que o mundo também ficou ao contrário, pelo menos o nosso.
Depois de tudo aquilo eu não consegui escrever-lhe, não consegui mandar-lhe nenhuma mensagem, ligar ou qualquer contacto. Sentia-me a fraquejar e cada vez mais a cair, era como se tudo o que eu tinha tivesse deixado ali, naquele lugar. Eu sentia-me revoltada com tudo e a precisar gritar, chorar, a precisar de um colo, mas do colo que eu deixei para trás. 

Ainda tinha o perfume nas mãos e o sabor nos lábios, só que doía, doía cada vez mais e eu só tinha vontade de me deitar e acordar amanhã de manhã.

Provavelmente verá isto, e se vir, fica um pedido de desculpas, mas eu fraquejei e não me consigo levantar..

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