terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Porto de abrigo

Queria fechar os olhos e sentir-me segura num sitio desconhecido que me levava a sentir melhor que o meu próprio abrigo. 
Ali, há minha volta nada me pertencia, nada me fazia falta e era como se eu tivesse começado de novo nem que fosse por meia hora, ou um dia. Eu sentia que estar ali era um respirar novo e leve.
Podia abstrair-me das sombras que me perseguiam e já nem me lembrava da minha história, nem sabia começá-la... Era como uma lavagem cerebral mas momentânea porque embora recusasse a verdade, daqui a nada já voltava ao dia-a-dia irritante e ao qual eu tentava fugir. 
Escrevo no passado porque é uma maneira de mandar tudo aquilo para trás, e pensar que eu agora vivia outra vida, ou tinha um dia-a-dia novo.

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